Impostos: quais os principais pagos pelas grandes empresas no Brasil?

1 de dezembro de 2022
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O ambiente tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo e isso não é segredo para nenhum empreendedor. E essa realidade é ainda mais desafiadora para as grandes empresas do país, as quais contam com uma variedade de impostos e obrigações acessórias que precisam ser gerenciadas com eficiência, de modo que se evitem maiores transtornos com o FISCO.

Muito em virtude desse cenário, é possível observar um avanço dos investimentos voltados para a inovação na área fiscal nas maiores companhias do país.

Uma das tendências que avançou dentro do cenário de pandemia, hoje, a automação fiscal, mais do que um diferencial, é uma necessidade para as companhias de grande porte, que precisam se manter competitivas diante de um cenário em que lidam com tributos de ordem federal, estadual e municipal.

Muitas dessas organizações, aliás, contam com organizações em diferentes unidades federativas, fator que amplia os desafios para a gestão fiscal.

Mas não basta pagar os tributos e entregar as obrigações em dia: é preciso conciliar os dados fiscais e contábeis, de modo que se evitem falhas capazes de gerar autuações que podem impactar de modo severo as finanças dos negócios. 

Dito isso, é válido salientar que a mentalidade de levar a transformação digital também para os departamentos tributários não ocorre apenas no Brasil.

De acordo com dados da Allied Market Research, os investimentos em softwares de automação fiscal alcançaram mais de US $16 bilhões mundialmente em 2020.  

E até o final dessa década, a consultoria prevê um crescimento anual de 13,6% nesses investimentos – assim, estamos falando de um mercado que deve movimentar, em 2030, o equivalente a US $56,5 bilhões em todo o mundo.

Feita essa introdução, uma dúvida muito comum no mercado se refere a quais são os impostos pagos pelas grandes empresas.

Antes de tudo, vale a pena deixar claro que esses tributos variam de acordo com o enquadramento tributário de cada negócio.

Além disso, determinados segmentos e áreas de atuação contam com impostos e encargos específicos que exigem uma análise contábil mais detalhada.

Mas, via de regra, as grandes companhias do país estão enquadradas nos regimes do Lucro Real e Lucro Presumido, os quais possuem 5 tributos principais.

Veja, ao longo deste artigo, uma exposição detalhada sobre cada um deles!

O custo tributário para as grandes empresas

 

Quais os principais impostos cobrado das grandes empresas?

 

1- Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) é um tributo de ordem federal e comum a todas as empresas do país.

Dada a sua importância, é fundamental um acompanhamento detalhado das receitas de um negócio e do próprio impacto do IRPJ dentro da gestão financeira da companhia.

No caso das companhias enquadradas no Lucro Real ou Presumido, o que muda é a sistemática de cálculo do imposto.

No Lucro Real – para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões anuais – a alíquota do imposto é de 15% + 10% (quando há lucros maiores que R$ 20 mil ao mês) e se dá com base na receita bruta, sendo que a apuração pode ser mensal, trimestral ou anual.

Já no Lucro Presumido – faturamento acima do Simples Nacional e inferior a R$ 78 milhões – a alíquota é de 15%, calculada trimestralmente com base na presunção de lucro da empresa (sempre 32% sobre o faturamento bruto da empresa).  

2- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), conforme o próprio nome do tributo diz, é um imposto federal que incide sobre o lucro líquido de um determinado período de análise contábil, sempre anterior ao cálculo do IRPJ.

Nas grandes empresas do Lucro Real, esse tributo tem encargo de 9% considerando qualquer faixa de faturamento.

Já para as empresas do Lucro Presumido, a alíquota varia entre 12% para empresas que exercem atividades comerciais, hospitalares, industriais e de transporte, como também de 32% para companhias que prestam serviços gerais, realizam a intermediação de negócios ou trabalham com a administração, locação ou cessão de bens e imóveis de qualquer natureza.

3- Imposto sobre Serviços (ISS)

Dentre os impostos das grandes empresas que atuam no setor de serviços, o ISS é um dos principais.

Sua alíquota é comum aos regimes do Lucro Real e Presumido e varia entre 2% e 5%, cobrado conforme o município em que a empresa está localizada e o ramo de atividade do negócio. 

4- Programa de Integração Social (PIS)

O Programa de Integração Social (PIS) é um imposto de vínculo trabalhista e tem como objetivo promover a integração dos colaboradores no desenvolvimento das organizações.

No âmbito das grandes empresas, a alíquota do PIS é, respectivamente, de 0,65% para empresas do Lucro Presumido e de 1,65% para companhias do Lucro Real, cobrado sobre a receita bruta.

5- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

Finalmente, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) tem como finalidade apoiar programas relacionados à previdência, assistência social e saúde dos trabalhadores assalariados do país. 

A alíquota da COFINS é de 7,60% sobre a receita bruta para empresa do Lucro Real e de 3% para organizações enquadradas no Lucro Presumido.

A importância da automação para a sua gestão fiscal

Conforme observado, o quadro de impostos apresentados neste artigo se refere, basicamente, ao montante de tributos principais das grandes empresas – a depender do tipo de atividade ou segmento, outros custos deverão ser considerados no âmbito da gestão financeira dessas companhias.

Ademais, quando consideramos o custo de tais tributos e o volume de obrigações acessórias envolvidas, uma gestão fiscal que garanta tanto a confiabilidade dos dados tributários quanto a entrega nos prazos devidos  é um passo essencial para a segurança e sucesso das empresas.

E, dentro desse cenário, contar com o apoio da tecnologia passa a ser um diferencial competitivo para os negócios do país.   

Mas, quando falamos de inovação, não é suficiente apenas automatizar processos, é preciso escolher as melhores soluções do mercado que garantam uma digitalização sem riscos das informações contábeis do negócio.

Neste sentido, a Dattos surge como uma plataforma líder, justamente, na automação e conciliação dos processos contábeis, financeiros e fiscais de um negócio.

Por meio de uma automação inteligente, é possível reduzir custos e eliminar chances de erros manuais em processos repetitivos, tornando suas operações mais ágeis e ainda ampliando o potencial de crescimento do negócio.

Dessa forma, a área contábil e tributária das grandes empresas é otimizada, com cada um de seus impostos e obrigações sendo gerido com máxima eficiência.

Controle e automatize sua gestão fiscal com a tecnologia Dattos!

Vanessa Ongaratto é formada em Ciências Contábeis e Tecnologia da Informação e Negócios. Com experiência em contabilidade e controladoria, atualmente atua como Analista de Negócios Sênior na Dattos S.A., focada em entender os negócios dos clientes, configurar a plataforma e treinar usuários, sempre buscando aprimoramento no processo de transformação digital das áreas financeiras.

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