Automação financeira: quais são os benefícios para as grandes empresas?

16 de fevereiro de 2024
11 minutos de leitura
Tópicos

A automação financeira é um processo que vem ganhando cada vez mais espaço no ambiente empresarial. Atualmente, o negócio que não conta com um bom sistema que execute esse tipo de trabalho corre grande risco de ficar para trás.

Isso significa perder espaço para a concorrência e, como consequência, perder receitas. O que pode levar muitos empreendimentos a fecharem as portas em poucos anos. E por isso o crescimento do número de empresas que utilizam esses sistemas é evidente.

Conforme a Grand View Research, só em 2022, mais de US$ 56 bilhões foram direcionados para o investimento em tecnologias para as áreas financeira e contábil. A consultoria prevê ainda um crescimento médio anual de mais de 9% até 2030 nesses aportes.

Diferentes fatores podem explicar esse cenário — em especial no âmbito das grandes corporações, que buscam diferenciais visando maior eficiência.  

Em um primeiro momento, a própria complexidade dos processos de gestão financeira justifica o interesse na automação.  Afinal, estamos tratando de um “guarda-chuva de rotinas” que inclui:

  • Gestão contábil;
  • Estruturação e aplicação de controles financeiros;
  • Gestão tributária;
  • Conciliação de dados de diferentes fontes e contas;
  • Gestão de meios de pagamento;
  • Estruturação e aplicação de KPIs financeiros;
  • Relacionamento com órgãos de fiscalização;
  • Processos de auditoria externa e interna;
  • Geração de relatórios e relacionamento com stakeholders;
  • Controle de processos e governança corporativa. 

Além disso, a própria atuação dos CFOs passa por um período de mudança. Assim, os profissionais da área financeira dependem da automação de processos para o sucesso em suas carreiras.

Automação financeira: o que é e qual a importância?

De modo objetivo, a automação financeira consiste no investimento em transformação digital das rotinas do backoffice financeiro.

Nesse sentido, tratamos de um conjunto de tecnologias que objetiva apoiar gestores e times financeiros no seu fluxo de trabalho, Para tanto, partimos da otimização de atividades como:

  • Análises financeiras;
  • Planejamento financeiro, orçamentário e direcionamento de investimentos;
  • Cálculo e pagamento de impostos;
  • Entrega de obrigações acessórias;
  • Apresentação de resultados para investidores, parceiros e lideranças;
  • Gestão de riscos financeiros, dentre outros. 

Além disso, a tecnologia é um fator crucial para a organização e centralização de dados. Ela também favorece a organização e facilita, por exemplo, a tomada de decisão dos CFOs.

Assim, é válido reforçar a mudança no perfil dos diretores financeiros que passa pela mudança do analógico para o digital. Antigamente, era comum que os CFOS e suas equipes fossem vistos como um departamento “fechado” em suas próprias rotinas.

Atualmente, essa visão é muito diferente. Eles são figuras responsáveis pelo planejamento orçamentário e alinhamento entre o equilíbrio das contas e investimentos das companhias.

Desse modo, os CFOs têm um papel importante no processo de transformação digital das empresas. Isso inclui maior diálogo desses gestores e outras lideranças do negócio, além de uma maior imersão e acúmulo de skills digitais. 

Nesse contexto, uma pesquisa da Gartner mostrou um dado interessante. Ela demonstra que 78% dos CFOs pretendem manter ou ampliar o investimento na digitalização de rotinas empresariais nos próximos dois anos.

Esse movimento dialoga diretamente com os desafios da gestão financeira que fazem parte da realidade de grandes empresas no Brasil.

Quais são os desafios da gestão financeira para as grandes empresas?

Podemos dividir os desafios da gestão financeira para grandes organizações em pelo menos três campos principais. Veja quais são eles!

Adequação às exigências regulatórias

Pensando na realidade brasileira, um dos principais obstáculos inclui a adaptação em um ambiente de negócios bastante complexo. 

E isso envolve o acompanhamento fiscal que faz parte do plano mais amplo da gestão financeira. 

Uma pesquisa do Banco Mundial aponta que as empresas brasileiras gastam aproximadamente mais de 1.500 horas por ano apenas para preparar, calcular e pagar impostos no país

Além disso, o levantamento internacional Tax Complexity Project coloca o Brasil no topo do ranking global de complexidade tributária.

Somado a todo esse cenário, grandes empresas que fazem parte do mercado internacional de ações precisam se adequar a regulamentos como a Lei Sarbanes-Oxley (SoX). Essa norma do mercado americano visa combater desvios de compliance em grandes empresas.

Otimização dos fluxos de trabalho com a automação financeira

Além disso, dado o vasto volume de processos financeiros, a automação é um passo decisivo para facilitar a integração de equipes.

Consequentemente, com o suporte da tecnologia, há uma melhoria expressiva dos fluxos de trabalho.

Essa etapa é um grande desafio. Afinal, isso exige o comprometimento de diferentes níveis organizacionais e uma mudança cultural corporativa.

Ganho de eficiência e de diferenciais competitivos

Finalmente, em um mercado competitivo e altamente digitalizado, aumentar a eficiência da área financeira é um passo fundamental que exige a atenção dos CFOs. 

Com isso, será possível conquistar diferenciais competitivos importantes e reduzir gargalos operacionais que bloqueiam o crescimento das empresas.

Quais são as 3 etapas para investir na automação financeira?

De fato, a automação financeira não é um movimento que se constrói do dia para a noite. Para termos uma ideia, um estudo da McKinsey divulgado na Forbes aponta que mais de 70% dos projetos de transformação digital falham. 

Para superar esse cenário, separamos três pontos importantes que devem ser observados em sua organização. Saiba mais sobre eles logo abaixo!

1. Mapeamento dos processos atuais

O primeiro deles consiste em fazer um mapeamento minucioso dos processos financeiros atuais. O foco é identificar eventuais pontos de melhoria e a necessidade de digitalização.

Partindo desse ponto, as lideranças poderão entender com mais clareza quais são seus gargalos. Bem como, o nível de confiabilidade dos dados e da integração entre as equipes. 

2. Transformação cultural

A automação da área financeira carrega consigo a necessidade de mudanças culturais. Assim, fazendo com que seja possível elevar o patamar de maturidade digital do departamento financeiro.

Para que esse passo seja dado com assertividade, é fundamental investir no treinamento de habilidades digitais entre as equipes financeiras. Além disso, é importante haver comprometimento de todas as lideranças do negócio.

Convém também identificar eventuais pontos de resistência à transformação e trabalhar com soluções que dialoguem. Bem como, que sejam fáceis de serem absorvidas pelas equipes.

3. Estudo de soluções para a automação financeira

Alcançar a transformação cultural que mencionamos anteriormente só é possível por meio de um amplo estudo das soluções a serem utilizadas. É fácil perceber como esses três pontos se conectam, não é mesmo?

A partir do mapeamento dos processos financeiros, será possível identificar quais etapas dependem mais da digitalização. Em seguida, é hora de trabalhar a cultura do negócio.

Isso inclui o investimento em uma mudança de mentalidade, que deve se tornar mais estratégica. Sendo orientada com os dados e à big data organizacional.

Na última etapa, são definidas as ferramentas que contribuirão para que a automação dos processos financeiros seja bem-sucedida. Assim, gerando resultados de longo prazo.

Quais são os riscos da gestão financeira analógica e orientada por planilhas?

O gerenciamento analógico das finanças, pode trazer alguns riscos. No longo prazo, esses elementos são capazes de comprometer o equilíbrio financeiro de um negócio e eles envolvem, por exemplo:

  • Inconsistência de dados financeiros: sobre esse ponto, um estudo de Harvard apontou que 88% das planilhas apresentam algum erro ou inconsistência;
  • Erros de preenchimento das planilhas: que, por sua vez, podem comprometer a qualidade de projeções, transparência dos dados e os processos de compliance;
  • Gargalos financeiros: a empresa perde a capacidade de um estudo mais minucioso dos processos e da identificação de fontes de perda dos recursos;
  • Descentralização: sem processos centralizados em plataformas integradas, os fluxos de trabalho perdem eficiência e aumentam o retrabalho das equipes;

Por fim, não podemos deixar de mencionar o aumento de custos. É o popular: o barato que sai caro. Se a empresa tem gargalos financeiros pode sofrer com perda de prazos, pagamentos de juros, multas, etc.

Para saber mais sobre esses riscos e tudo sobre o fechamento, confira esta coletânea de materiais que preparamos para você!

Em contrapartida, apesar de desafiadora, a automação financeira traz uma série de benefícios para as empresas. Podendo elevar o patamar de toda a gestão do negócio.

Quais são os 5 benefícios da automação financeira?

A seguir, analisamos 5 benefícios centrais da automação financeira para uma grande empresa. Confira!

1. Cultura orientada a dados

Inicialmente, temos um ganho quanto a confiabilidade e melhor aproveitamento dos dados financeiros da empresa. Podendo ser utilizados para a tomada de decisões estratégicas.

A partir da automação de conciliações, é possível trazer mais segurança para processos contábeis, fiscais e da gestão financeira na totalidade.

2. Otimização do relacionamento com stakeholders

Ao aumentar a confiabilidade dos dados financeiros, consequentemente os relatórios, controles e projeções financeiras do negócio se tornam mais assertivas.

Esse passo, por sua vez, tende a trazer ganhos no relacionamento com investidores e até na atração de investimentos para a empresa. 

3. Ganho de eficiência impulsionado pela automação financeira

Os ganhos de eficiência e a redução de custos estão entre as principais razões para o investimento em processos automatizados.

Com o suporte da Dattos é possível reduzir em até 70% o tempo gasto na validação de dados financeiros, contábeis e fiscais.  

4. Integração de equipes e sistemas

A automação financeira facilita a integração de equipes. Beneficiando a otimização dos fluxos de trabalho e a comunicação das equipes financeiras com outras áreas do negócio.

Para tanto, é importante investir em soluções que se integrem com o seu ERP e com ferramentas que se conectam entre si. 

5. Transparência, compliance e governança corporativa

Por fim, a automação, aliada a transformação cultural, favorece um modelo de gestão alinhado com uma mentalidade de conformidade e governança corporativa.

Tudo isso, por sua vez, favorece a sustentabilidade financeira do negócio e um crescimento seguro. 

Como a Dattos pode auxiliar no processo de automação financeira?

Como é possível perceber, a automação financeira traz uma série de benefícios para as empresas. Nesse sentido, a tecnologia é uma grande aliada para que o departamento financeiro atue de modo mais estratégico e eficiente.

Nesse movimento de digitalização, investir em ferramentas que potencializam a gestão de dados e a qualidade dos processos organizacionais é indispensável.

Para tanto, você pode contar com a Dattos. Uma plataforma disruptiva para a automação e validação de dados contábeis, fiscais e financeiros. Conforme observado anteriormente, a Dattos reduz em até 70% o tempo gasto em conciliação contábil, financeira e fiscal.

Com as dicas que mencionamos neste conteúdo e o auxílio dessas soluções tecnológicas você terá um excelente processo de automação financeira — podendo aproveitar de todos os benefícios que descrevemos ao longo deste artigo.

Bruno Costa é um profissional experiente em Finanças, com mais de uma década de atuação, graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Normas Internacionais de Contabilidade. Destacou-se por liderar equipes de alto desempenho, focando na otimização de processos financeiros e alinhando objetivos organizacionais com metas individuais. Sua dedicação à educação financeira se estende à comunidade, tornando-o um líder admirado no setor.

Publicações relacionadas

O que é visualização de dados e para que serve?
7 de novembro de 2024
18 minutos de leitura
Como um modelo preditivo pode transformar seus processos financeiros?
24 de outubro de 2024
17 minutos de leitura
Adquirente vs subadquirente: o que são e como escolher a melhor opção?
5 de setembro de 2024
14 minutos de leitura
Tópicos

Receba nossas atualizações direto no seu e-mail